Gestão de instalações na mira dos ataques cibernéticos: Você está preparado?
- brunodaneluz
- 15 de set.
- 2 min de leitura

Segundo dados divulgados pelo Fórum Econômico Mundial (abril/2024), a infraestrutura crítica tem sido o principal alvo de crimes cibernéticos, enquanto empresas do setor corporativo ocupam a quarta posição no ranking de ataques globais. O impacto não é pequeno: em agosto de 2024, uma das maiores prestadoras de serviços de petróleo reportou um incidente de invasão que já custou US$ 35 milhões.
Essa realidade afeta diretamente a gestão de instalações (FM). À medida que sistemas digitais e soluções em nuvem se tornam parte essencial das operações prediais, cresce também a vulnerabilidade a ataques. O problema é que os departamentos de TI nem sempre assumem a proteção de sistemas de tecnologia operacional (TO), deixando os gestores de FM expostos e, muitas vezes, sem clareza sobre seu papel na segurança cibernética dos edifícios.
O estudo da IFMA
A IFMA (International Facility Management Association) conduziu a maior pesquisa do setor sobre cibersegurança aplicada à gestão de instalações. O estudo mapeou a conscientização e a preparação de gestores de FM em torno de sete fatores principais:
Preparação (políticas, treinamentos e proteções internas)
Conhecimento (nível de entendimento das necessidades de cibersegurança)
Turbulência tecnológica (mudanças rápidas que criam vulnerabilidades)
Barreiras (sistemas obsoletos, pouco investimento ou falta de capacitação)
Pressões de mercado (exigências de clientes e concorrência)
Percepção de ameaça (visão sobre riscos financeiros, operacionais e de dados)
Criticalidade (importância atribuída à proteção de ativos essenciais).
Cenários de risco
O relatório identificou quatro perfis de organizações mais suscetíveis a ataques:
O Minimalista Despreparado – ausência total de políticas e treinamentos, tornando a organização alvo fácil.
O Reator Orientado pelo Mercado – responde às pressões externas, mas negligencia medidas internas.
O Lutador Focado em Tecnologia – atento às mudanças digitais, porém sem políticas internas robustas.
A Panela de Pressão Externa – sofre pressões externas sem ter defesas internas suficientes.
Cenários de proteção
Por outro lado, também foram identificadas configurações mais resilientes:
O Defensor Abrangente – integra medidas internas e externas, com monitoramento proativo, mas exige altos recursos.
O Protetor Equilibrado – concilia pressões de mercado e preparação interna, embora ainda careça de políticas específicas.
O Defensor Completo – combina prontidão operacional e segurança cibernética, mas com pouca atenção a fatores externos.
O Campeão da Segurança Cibernética – possui políticas robustas e proativas, mas com risco de baixa adaptação às mudanças do mercado.
O que isso significa para os gestores de FM
O estudo da IFMA mostra que não existe uma única fórmula para a cibersegurança em facilities. Cada organização precisa entender onde está em termos de preparo e vulnerabilidade, equilibrando fatores internos e externos.
Para os gestores de instalações, isso significa:
Avaliar se sua organização está entre os cenários de maior risco.
Mapear vulnerabilidades não apenas de sistemas de TI, mas também de TO.
Priorizar políticas de segurança, treinamentos e alocação de recursos.
Construir um plano contínuo e adaptável de defesa cibernética.



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